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Bispos colombianos querem corredores humanitários na Venezuela

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A Conferência Episcopal da Colômbia pediu para que se abram “os canais humanitários” na Venezuela numa carta aberta aos bispos e ao povo onde afirmam proximidade à comunidade e à Igreja.

“Seguimos com muita preocupação as diferentes situações que está a passar na nossa querida nação irmã, a Venezuela. Sofremos profundamente pela crise humanitária e pelas inúmeras dificuldades até para conseguir o que é básico e necessário para a sobrevivência, como os alimentos, os remédios e os serviços públicos”, escreveram os bispos colombianos.

A carta aberta aos bispos e ao povo venezuelano foi divulgada esta quarta-feira, após a reunião da assembleia plenária, e está assinada pelo presidente da Conferência Episcopal Colombiana, D. Óscar Urbina Ortega, pelo vice-presidente, D. Ricardo Tobón Restrepo, e pelo secretário-geral D. Elkin Fernando Álvarez Botero.

“É necessária a abertura de corredores humanitários que permitam levar ajuda concreta às necessidades dos nossos irmãos”, afirmam.

Os bispos colombianos manifestam “grande preocupação” pela “incerteza, a repressão, a violação dos direitos humanos e as injustiças” que sofrem muitos irmãos, sobretudo os mais frágeis.

A Conferência Episcopal da Colômbia revela que rezam sem cessar para que “se chegue a uma solução justa e pacífica”, para “sair da crise”.

”Continuaremos a ajudar dentro das nossas possibilidades e também a promover a cooperação de outras pessoas e instituições”, acrescentam, divulga o sítio online ‘Vatican News’.

A Igreja Católica na Venezuela apelou ao fim do que considerou uma repressão “moralmente inaceitável”, pedindo a convocação de eleições que permita uma transição política, esta segunda-feira, dia 4 de fevereiro.

No mesmo dia, o Papa Francisco afirmou que o Vaticano está disponível para mediar a crise política na Venezuela, desde que as duas partes o solicitem, em conferência de imprensa, no voo entre Abu Dhabi e Roma, esta segunda-feira, confirmando ter conhecimento de uma carta de Nicolás Madura, a pedir a sua intervenção.

Em finais de outubro de 2016, o Governo e a oposição na Venezuela encontraram-se para conversações mediadas pela Igreja Católica, com o empenho particular do Papa Francisco, que enviou como seu representante o arcebispo italiano D. Claudio Celli.

Ainda no início desta semana, 4 de fevereiro, Portugal reconheceu a legitimidade de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, juntando-se a vários outros governos da Europa, numa posição contestada por Nicolás Maduro.

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