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Atahualpa

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Atahualpa, Atahualpa,
De um intrépido amor nasceste, desafiando indolente
A lei de Pachacámac.
Surgiste, sentencialmente, levando na fronte a insígnia da morte,
Quando dos negros olhos da bela Princesa de Quito,
Prisioneiro, o Inca Guayna Capac entregou sem resistência seu coração ao cativeiro
E seu povo à escravidão cega de um ambicioneiro.

Teu sangue vinha mesclado,
Como mesclado vinha teu próprio espírito,
Na injustiça e na crueldade da ambição desmedida.

Ao trono de Cuzco subiste altaneiro e cruel, 
Buscando a glória sobre o sangue e os despojos de tua própria raça,
Ceifando vidas, causando dores… Mergulhado na insanidade do poder,
Sedento de sangue e cego de orgulho, 
Fizeste ruir, sob teus impiedosos pés,
O milenar império de teus ancestrais.

E por tuas mãos traiçoeiras,
O destino inglório do misterioso povo dos Andes
Infamemente fora traçado, mas esqueceste, que fiel a teus filhos,
A ira de Pachacámac traria a justiça de Viracocha,
Ceifando a tua vida, usurpando o teu reino,
Massacrando o povo, pilhando inescrupulosamente teus tesouros…
Selando com sangue e terror o teu próprio destino.

Atahualpa, Atahualpa,
Até o cume o levara a ambição e a inveja de teu irmão,
Porém, Huascar, mesmo morto, ferido em seu orgulho,
De Inca à prisão decretado, fiel a teu povo se mantivera até teu último suspiro exalar.

E tu, traiçoeiro, de impiedosas mãos te viste, de repente, prisioneiro.
E nem todo o ouro e prata do teu usurpado Império conseguira salvar-te do cativeiro
E indignamente sucumbiste nas mãos de estrangeiros,
Deixando teu povo, teu país e teu magnífico exército,
Entregues à própria sorte e consequentemente à morte.

Arádia Raymon

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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