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Artistas portugueses “iluminaram” Bruxelas

O ateliê português OCubo, conhecido pelas projeções multimédia, promoveu, até este domingo, uma “conexão de energia” no festival Bright Brussels, em Bruxelas, exibindo uma obra interativa que pretende guiar, pela luz, públicos de todas as idades.

“O nome da obra é ‘Light Connector’ e é uma obra que é participativa e interativa em tempo real. As pessoas são convidadas a entrar no campo [de basquetebol] e à volta de cada pessoa está a formar-se uma área de energia que vai entrar em contacto com as energias das outras pessoas”, explicou à agência Lusa, em Bruxelas, a cofundadora da OCubo, Carole Purnelle.

Naquela que é a segunda participação desta companhia portuguesa no festival das luzes de Bruxelas, a obra agora escolhida mostra a “conexão que se faz pela luz”, refletindo as relações entre as pessoas, acrescentou a ‘designer’ gráfica.

“Uma pessoa entra num campo de basquetebol e, à sua volta, forma-se uma área de cor e de luz e esta área vai entrar em contacto com as áreas das outras pessoas e fazer grafismos entre as várias pessoas. Depois, quando sai do campo, a bola desaparece e conecta-se a outra pessoa”, ilustrou.

A instalação esteve, assim, patente na Place du Nouveau Marché aux Grains, na zona de Sainte-Catherine, centro da cidade.

“É muito visual e é por isso que é muito dirigida a um público muito alargado. Podemos dizer que os adultos gostam imenso e as crianças também. É muito intuitivo, não é preciso nenhuma explicação. É só entrar, pisar e brincar”, notou Carole Purnelle.

Além desta, que é a única instalação portuguesa, outras 11 obras (de ateliês belgas ou franceses) estiveram patentes nas ruas de Bruxelas, entre as zonas de Sainte-Catherine e Sainctelette, durante o fim de semana.

De origem portuguesa é, por seu lado, o projeto audiovisual “Boris Chimp 504”, criado pelos artistas mEEkAlnUt e Visiophone, que foi exibido na sexta-feira à noite, no âmbito do festival.

O ateliê OCubo foi fundado em 2003 pela belga Carole Purnelle e pelo português Nuno Maia, especializado nas áreas de multimédia e de 3D (terceira dimensão), estando agora sediado em Sintra.

Foi em 2008 que a internacionalização começou a fazer parte dos planos desta dupla, quando decidiram apostar em festivais de luzes noutros países.

Esta é, aliás, uma das principais áreas trabalhadas pelo ateliê, que ficou conhecido desde logo pelas projeções de vídeo no Terreiro do Paço, em Lisboa, em épocas festivas e por ter criado o festival Lumina, em Cascais.

A empresa deixou de ser formada apenas pela dupla para dar, atualmente, emprego a um total de 40 pessoas, faturando perto de dois milhões de euros por ano.

Além de continuar a apostar noutros países, o ateliê OCubo tem vários projetos para Portugal, nomeadamente para Lisboa, adiantou Carole Purnelle à Lusa.

Entre eles estão, para breve, duas exibições de vídeo no Terreiro do Paço: uma para celebrar a visita oficial do governo de Macau a Lisboa (em meados de março) e outra para assinalar o 25 de Abril, através de uma projeção de ‘video mapping’ nas três fachadas daquela praça.

De 02 de maio a 17 de julho, vai realizar-se também, nas ruínas do Convento do Carmo, a iniciativa “Lisbon Under Stars”, que vai contar a história da cidade através de projeções naquelas fachadas, juntando efeitos visuais e imagens de bailarinos e de cantores portugueses como Mariza, Rão Kyao, Paulo Marinho e Teresa Salgueiro.

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