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Ana João Correia ou como motivar alunos para a informática

Ana João Correia é mentora em Vinhais (Trás os Montes) e apoia os alunos com dificuldades a matemática no âmbito do projeto GAP – Gulbenkian Aprendizagens. A portuguesa é também emigrante e a moderadora da emissão “BOM DIA dá música“.

Através do ensino de programação informática, Ana Correia ajuda os alunos a ganhar de novo o gosto pelas aulas e a recuperar matéria perdida neste ano atípico.

Ana João Correia é licenciada em Bioquímica na Universidade de Aveiro, com um mestrado em Londres, e foi fundadora da Luso Academy – um projeto educacional presente no Luxemburgo, Portugal e Timor Leste que fomenta a aprendizagem de instrumentos musicais em português. A descoberta do projeto GAP deu-se por puro acaso mas, quando soube da oportunidade de ir para Trás os Montes ajudar os que mais precisam, não hesitou, revela a Fundação Gulbenkian no seu site.

A mentora da Teach for Portugal (parceira da Fundação Gulbenkian no projeto GAP – Gulbenkian Aprendizagens), iniciou as aulas de programação na Escola D. Afonso III, com jovens que, na sua grande maioria, nunca tinham ouvido falar de tal tópico. Afirma que as dificuldades iniciais eram grandes, até porque as primeiras aulas foram dadas atrás de um computador. “No início comecei online. É sempre mais complicado começar por detrás do ecrã. Quando começámos o presencial recebi um comentário de uma aluna que disse “ah, a professora é tão pequenina, afinal!”. Eles não tinham mesmo noção de quem eu era. Muitos nem os conheci ou vi. A internet é tão má aqui, com a conectividade tão fraca, que eu tinha de pedir que desligassem a câmara, se não era impossível. Nem sequer conhecia a cara deles. O presencial é diferente e é muito especial.”

Para a mentora, a programação não serve apenas para melhorar notas. Serve para os ajudar com o raciocínio e a lógica, dentro e fora da sala de aula. “O facto de eles terem de usar estas fórmulas, estas funções e estas equações, é extremamente importante para desenvolverem um raciocínio que vai ser importante para a matemática e não só. E sinto isso.” Ana fala com entusiasmo. “Já conseguimos criar um grupo entre nós, a que chamamos os “programadores” e, cá na escola, já somos os “programadores”. E eles já foram ensinar os mais pequeninos, por exemplo o Artur…já o tratavam por Professor! [risos de todos]. O que é extremamente engraçado e é algo que conseguimos alcançar juntos. Eles também estão a transmitir conhecimento. É mais do que usar o conhecimento científico, é dar este sentido de responsabilidade e da nossa responsabilidade na sociedade.”

Leia a entrevista completa de Ana João Correia no site da Fundação Calouste Gulbenkian.

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