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Acusado de terrorismo homem que terá matado várias crianças em Inglaterra

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O suspeito da morte de três crianças numa aula de dança em Inglaterra, no final de julho, foi acusado de produzir um veneno mortal e de um crime “terrorista”, de acordo com a polícia local.

As novas acusações contra Axel Rudakubana, de 18 anos, surgem depois de buscas realizadas na sua casa, onde foi encontrado um manual de treino do grupo extremista Al-Qaida, informou a mesma fonte.

O jovem já tinha sido acusado de ter esfaqueado as três raparigas até à morte, crimes que provocaram motins de extrema-direita quer em Inglaterra, como na Irlanda do Norte.

Serena Kennedy, chefe da polícia de Merseyside, no noroeste de Inglaterra, detalhou que o jovem foi agora acusado de “produzir uma toxina biológica, nomeadamente ricina”, um veneno que foi identificado em sua casa.

Também foi acusado de “possuir informações (…) suscetíveis de serem úteis a uma pessoa que comete ou prepara um ato de terrorismo”, dado o manual de treino da Al-Qaida encontrado.

A investigação ainda não estabeleceu um motivo terrorista, tendo Serena Kennedy referido que não havia ricina no local do ataque.

“Até ao momento, a polícia antiterrorista não declarou que o ataque de segunda-feira, 29 de julho, foi um incidente terrorista. Reconheço que as novas acusações podem dar azo a especulações”, declarou a responsável, citada num comunicado.

A responsável instou a não se especular e a que haja paciência, afirmando que não se deve acreditar em tudo o que se lê nas redes sociais.

Axel Rudakubana deverá comparecer em tribunal na quarta-feira.

Três meninas, de 06, 07 e 09 anos, incluindo a portuguesa Alice da Silva Aguiar, foram mortas a 29 de julho, em Southport (noroeste de Inglaterra), durante uma aula de dança inspirada na estrela ‘pop’ norte-americana Taylor Swift, enquanto outras oito crianças e dois adultos ficaram feridos.

Os assassínios originaram violentos motins anti-imigração em Inglaterra e na Irlanda do Norte, após a difusão de rumores falsos nas redes sociais, que atribuíram a responsabilidade a um requerente de asilo.

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