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A gatinha Lúcifer

© k'toys

Em vésperas de Natal, andava eu atarefado num hipermercado em busca de brinquedo para a minha neta.

Após percorrer as prateleiras dos jogos didáticos e das bonecas – algumas verdadeiras cópias das originais, – deparei entre os felpudos, graciosa gatinha. O fabricante ou importador, assegurava que a bichana emitia sons reais, graças ao mecanismo que instalaram no interior do “animal”.

Curioso atentei, observando as instruções mas, qual foi o meu espanto, quando atónito, verifico que tinham dado ao brinquedo o anátema nome de Lúcifer!

Rapidamente saltou-me ao pensamento imaginosa cena de uma extremosa mãe, depositar ternamente, sob a árvore natalícia, o mafarrico, ou colocar rés ao Menino a gatinha Lúcifer!

Cena ainda mais burlesca será quando a menina, eufórica, disser às coleguinhas da catequese ou das aulas dominicais:

– O Pai Natal (ou Papai Noel, se for brasileira) trouxe-me, neste Natal, a Lúcifer!…”

Eu sei que no mercado há produtos fabricados por empresas que financiam a “igreja do diabo”, igreja que parece estar florescente em certos centros excêntricos e imorais do vasto continente americano.

Também sei – com alegria e júbilo – que existem multinacionais que são “Sócias de Deus”, entregando parte dos lucros a Igrejas Evangélicas.

Mas, que o maligno esteja tão difundido ao ponto de se vender descaradamente, em países cristãos, pelúcias com o nome de Lúcifer, nunca me passou pelo pensamento.

Eu sei, nós sabemos, que a imoralidade marcha desenfreadamente em desabrido corcel em todos os meios de comunicação.

Escritora amiga, declarou-me, em carta, que o editor lhe solicitara “apimentar” o romance, se o quisesse publicar!

E também sei que a influencia das forças do Mal estão infetando, sem pejo, novelas televisivas, cinema, Internet, e até, sem o desejarmos, a emporcalhar o nosso ‘smartphone’.

Em meios e movimentos cristãos, já se fala, a medo, da ignóbil “nova moral”, que não passa, a grosso modo, desvirtuar a doutrina de Jesus.

Dir-me-ão: é evolução, novos ventos, que sopram no século XXI. Mas eu direi que é involução, regresso à velha Roma, ao tempo de Noé.

Em Mateus 24:37/ Lc. 16:27, encontramos a profecia de Cristo, que diz: quando Jesus regressar à Terra, tudo se encontrará como no tempo do ancião Noé.

Ouvi a jovem católica declarar publicamente: que o pecado não existe, porque o pecado não passa de imaginação, e o diabo não existe.

Para o crente inteligente, que sabe pensar, basta-lhe analisar os acontecimentos quotidianos que os meios de comunicação social transmitem para verificar que a nossa civilização descamba, a largos passos, para o abismo, para o reino das trevas.

Humberto Pinho da Silva

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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