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800 cientistas do Porto candidatos a prémios europeus

O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), que é finalista da edição de 2018 dos prémios europeus RegioStars, é um “superlaboratório” com 800 cientistas dedicados a encontrar respostas nas áreas do cancro, neurobiologia e doenças neurológicas.

Para albergar este “superlaboratório” com mais de mil trabalhadores, a Universidade do Porto construiu de raiz, no polo universitário da Asprela, um edifício de 18 mil metros quadrados, inaugurado em maio de 2016 e que acolhe três instituições: Instituto de Biologia Molecular e Celular, Instituto Nacional de Engenharia Biomédica e Instituto de Patologia e Imunologia Molecular.

O I3S está entre os finalistas dos prémios RegioStars 2018, um galardão com o qual a Comissão Europeia distingue projetos inovadores e de boas práticas de desenvolvimento regional, apoiados por fundos europeus. O vencedor será conhecido na terça-feira, numa cerimónia que terá lugar em Bruxelas, onde decorre a Semana Europeia das Regiões e das Cidades.

Assumindo-se como o maior instituto de investigação em saúde de Portugal, cujo principal trunfo é precisamente a integração dos três centros científicos, num total de cerca de 50 grupos de investigação, o i3S produziu, em 2017, mais de 600 publicações para revistas internacionais, tendo obtido resultados “comparáveis aos melhores da Europa”.

De acordo com informação disponibilizada à Lusa, nas plataformas científicas do i3S encontram-se “valências únicas no país que permitem abordagens desde a escala do átomo até à do organismo”.

Estas valências permitem “a realização de estudos completos que possibilitam um conhecimento aprofundado e alargado dos processos em estudo nas áreas da Biologia Estrutural, Bioquímica, Biologia Celular, Imunologia, Oncobiologia, Neurociências, Medicina Regenerativa, Bioengenharia, Modelos Pré-clínicos e Análise de Imagem”.

Estas plataformas científicas “integram variadíssimas tecnologias, desde a determinação da estrutura molecular com resolução atómica por difração de raios X, passando pela genómica, proteómica, microscopia ótica avançada, microscopia eletrónica de transmissão e histologia, até à experimentação em diversos modelos animais como o rato, o ratinho ou o embrião de galinha”, refere o i3S.

O instituto dispõe de “tecnologias únicas no país”, como a produção de todo o tipo de proteínas para investigação e desenvolvimento; técnicas de rastreio de alto rendimento utilizando a aquisição de imagens de microscopia que permitem responder ao desafio cada vez mais crescente de avaliar grande número de parâmetros de forma a definir, testar e validar novas estratégias terapêuticas; diferentes técnicas para o estudo das interações entre macromoléculas mediante métodos biofísicos e de microscopia; e técnicas de imagem não invasivas aplicadas em estudos pré-clínicos que permitem a redução na utilização de animais de experimentação.

A construção do edifício que alberga o i3S teve início em 2013, com o lançamento oficial da primeira pedra a 04 de abril desse ano, tendo ficado concluída com a instalação de todos os grupos de investigação em dezembro de 2015.

Portugal tem quatro projetos entre os 21 finalistas dos RegioStars, dois do Norte e dois do Centro.

O I3S e o Centro de Negócios e Serviços Partilhados do Fundão concorrem na categoria de apoio à transição industrial inteligente, o projeto Kastelo na área de melhor acesso a serviços públicos e o Museu da Vista Alegre na categoria de investimento no património cultural.

Portugal está ainda representado no projeto internacional ClimACT, um consórcio de nove instituições europeias liderado pelo Instituto Superior Técnico, de Lisboa, que pretende apoiar a transição para uma economia de baixo carbono em escolas nacionais, mas também de Espanha, França e Gibraltar.

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