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Um polaco candidato à Câmara de Leiria

Andrzej Kowalski, polaco de 66 anos, há quatro décadas a viver em Portugal, é o candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Leiria e promete tentar “construir uma alternativa sólida a uma ideia de município”.

Independente, o candidato apresentou-se antes pelas listas do BE a uma junta de freguesia do concelho de Leiria e foi mandatário em eleições anteriores, surgindo agora à frente de uma lista que procura ser alternativa, tanto ao que os dirigentes locais bloquistas descrevem como “maioria absoluta socialista”, como à candidatura social-democrata.

Na cerimónia de apresentação, Andrzej Kowalski fez o discurso menos crítico de todos os intervenientes, prometendo que a sua candidatura “não é contra ninguém”.

“É uma candidatura a favor de todas as propostas que se configuram a favor dos cidadãos, da cidade, dos territórios e das freguesias”, disse o professor, que é também realizador, encenador e cenógrafo.

“Tentaremos construir uma alternativa sólida a uma ideia de município” para que “se faça de Leiria, cidade e concelho, um sítio melhor para viver”, afirmou.

A coordenadora do BE, Catarina Martins – que foi aluna de Andrzej Kowalski – descreveu o candidato como a escolha certa para “transformar o complexo em simples”.

“Andrzej Kowalski é alguém que escolheu Leiria para morar há 40 anos e tem tido um percurso exemplar em termos de cidadania”, sublinhou, enumerando “questões em Leiria que parecem óbvias”:

“Não há governo central que iluda a responsabilidade para a falta de transportes que sirvam as populações das freguesias mais periféricas. É uma responsabilidade local”, apontou.

Catarina Martins acusou ainda as autarquias de “fecharem sucessivamente os olhos aos problemas ambientais do rio Lis”:

“É uma responsabilidade dura que precisa de respostas e de ação e não aceitamos a falsa dicotomia entre o tecido económico baseado nas suiniculturas e a saúde do rio Lis: nenhum setor económico pode justificar o ataque ambiental”.

A responsável do BE considerou ainda “difícil de explicar como o Estádio de Leiria continua a ser uma vergonha para o país” e criticou a falta de “política e dinâmica cultural” da cidade.

Em 2017, o BE quer intrometer-se nas contas do PS, há seis anos no poder, e do PSD, aposta em reconquistar uma câmara que já dominou:

“Nunca nada está decidido à partida. É sempre possível fazer melhor e construir alternativas. Queremos ser parte de passos concretos que melhoram a vida das populações. Aqui em Leiria, também não há quem não saiba que a direita desesperada e sem projeto não é seguramente alternativa nenhuma”.

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