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Sempre que escrevo…

Quando penso em escrever
Em dizer o que me passa pela cabeça
Talvez quem me venha a ler
Muito depressa se aborreça.

Nunca falo pela metade,
Há sempre tanto a dizer
E calado não posso estar,
Ser honesto não é vaidade
E o mundo precisa saber
Que as verdades são para se falar

Como posso estar calado
Num mundo sempre tão incorreto
Onde o certo está errado
E o errado está sempre tão certo

Como posso estar calado
Lábios cerrados e cego à heresia
Critico, descontente e revoltado
Eu que não alinho em hipocrisia.

Ficar calado?
Nem de noite nem de dia,
Nem sequer por um instante,
Será este o meu fado
Enaltecer quem procura sabedoria
Pôr a descoberto o ignorante,
Ao infame apontar o dedo
Gritar a uma só voz
Ser justo sem ter medo
Denunciar o algoz.

Não é fácil, nem sempre bonito
Ser honesto e verdadeiro
Erguer a voz soltar o grito
Deixar de ser o tipo porreiro,
Porque nem sempre agradam as verdades
E a honestidade pode ser cruel e fria
A mentira tem entraves
E a verdade sabedoria.

Neste poema tudo o que peço
É um pouco de paciência
E se por acaso aborreço
É porque em consciência
Tudo o que falo é sem maldade
E entre o que se põe e o que se tira
Por muito cruel que seja a verdade
Fala mais alto do que a mentira.

A escrita é como um enlevo
E uma fonte de ideias na cabeça
Mas de cada vez que escrevo
Há sempre quem se aborreça!

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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