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Português cria perfume de insulina para discutir a diabetes

© Studio Ludovico

Carlos Alves Ludovico é diabético há 14 anos e sabe, por experiência própria, quão desconfortável ainda é usar insulina num sítio público. A pensar nisso o português, que atualmente vive na Finlândia, criou o Sulin, um perfume que consiste em “99,5% de insulina e 0,5% de um elemento secreto”, lê-se no seu site. O objetivo é lançar a discussão sobre a diabetes, uma doença que, segundo as estimativas mais recentes da Organização Mundial de Saúde, afeta cerca de 422 milhões de pessoas.

O designer português tem 27 anos e, para criar o Sulin, inspirou-se nos típicos anúncios a marcas de perfume que passam nas televisões e também nas memórias dos amigos que comentavam o cheiro peculiar da insulina, quando Carlos tinha de a usar.

A promoção do produto foi feita à imagem de um qualquer perfume que paga a publicidade na televisão (veja o vídeo no final do artigo), ou seja, tem ação, camisa aberta, sexualidade e o foco final no frasco.

Carlos pretende reivindicar mais espaço para as pessoas com diabetes, apostando na transformação dos objetos em narrativas estimulantes, tudo numa marca que construiu: a Studio Ludovico. Apesar de ter lançado o seu atelier, o jovem concilia o trabalho com a conclusão de mestrado em Design, na Universidade de Aalto, na Finlândia. O próximo passo poderá passar pela comercialização do perfume, apesar desse não ser o seu objetivo principal.

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