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Marcelo no Luxemburgo para consolidar “ligações muito antigas”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou segunda-feira à noite que a redução do défice é uma questão de “envergadura nacional” que “ultrapassa os governos de cada momento e os partidos”. Em declarações aos jornalistas no Palácio Grão-Ducal, no Luxemburgo, onde hoje chegou para uma visita de três dias, o Presidente referiu que a notícia de que Portugal abandonou o Procedimento por Défice Excessivo (PDE) corresponde a um sonho seu que é o da “continuidade do Estado”.

“Isto corresponde a um sonho meu que é o da continuidade do Estado, há questões de Estado que ultrapassam os governos de cada momento e os partidos porque são de envergadura nacional”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Questionado sobre o papel do atual e do anterior primeiro-ministro nesta decisão, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “dois governos sucessivos trabalharam para este objetivo”, mas acrescentou que “o grande mérito é dos portugueses”.

A Comissão Europeia decidiu hoje recomendar ao Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) o encerramento do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) aplicado a Portugal desde 2009.

Sobre as recomendações da comissão europeia, de que são necessárias mais medidas a partir de 2017 para cumprir as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), Marcelo referiu que “o trabalho continua”.

“É um processo contínuo controlar o défice, estar atento à dívida, criar condições para o crescimento e para o emprego”, disse, acrescentando que não se deve “embandeirar em arco” ou “dormir sobre os louros desta vitória”, mas “trabalhar para a consolidar”.

Sobre a visita ao Luxemburgo, que começa na terça-feira, o Presidente referiu os laços históricos entre os dois países e a “cumplicidade para a construção europeia”, mas destacou sobretudo os portugueses, cerca de 100 mil pessoas, que representam 16,4% da população luxemburguesa.

“São um elemento decisivo porque têm preocupações comuns de Portugal e do Luxemburgo, que têm a ver com a Europa, com a língua, com o ensino, com a situação económica, social, fiscal”, disse o Presidente.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda o “acolhimento especial” por parte dos grão-duques do Luxemburgo, Henrique e Maria Teresa, que “mostra um grau de proximidade que não é comum nas visitas de Estado e que é muito tocante”.

“São ligações muito antigas, o grão-duque é descendente direto de portuguesas, tem duas bisavós portuguesas, ambas filhas do rei D. Miguel, tem laços familiares com Portugal muito antigos, há uma aproximação muito grande a Portugal”, disse.

Depois das declarações aos jornalistas, o grão-duque e o Presidente português deram um passeio a pé pelo centro da cidade do Luxemburgo durante cerca de meia hora.

Pelo caminho, Marcelo viu uma bandeira portuguesa na montra de um café e fez questão de entrar. Os clientes não eram muitos, mas ainda tirou ‘selfies’ com dois empregados portugueses.

Depois de ajudar um dos portugueses a tirar a ‘selfie’, notou que a televisão estava sintonizada “num canal português a transmitir futebol”.

Marcelo realiza uma visita de Estado de dois dias ao Luxemburgo, centrada nos contactos com as autoridades luxemburguesa, e o terceiro dia, na quinta-feira, é de visita privada e dedicado a contactos com a comunidade portuguesa.

No último dia da visita, o Presidente participa, juntamente com os grão-duques na 50.ª procissão de Nossa Senhora de Fátima, em Wiltz, a cerca de 65 quilómetros da capital luxemburguesa e que junta todos os anos milhares de portugueses.

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