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Guatemala: Antigua, a cidade das cores

Para além de Antigua ser uma cidade com imensa história, é também um ponto estratégico para fazer algumas excursões, nomeadamente ao vulcão Pacaya, ao lago Atitlan e ao famoso mercado maia de Chichicastenango.

Mal chegámos ao aeroporto da capital, apanhámos um táxi até Antigua.

Encontrar uma pousada foi bastante fácil. Sendo esta a cidade mais turística da Guatemala, o que não faltava era uma variedade enorme de pousadas ou hóteis para as variadíssimas carteiras.

Pousada encontrada, de imediato decidimos comprar algumas excursões para os dias seguintes. Ao contrário da Costa Rica, onde cada excursão custava cerca de 100 euros, aqui, pelo mesmo preço, tínhamos todas as excursões para toda a semana. Uma diferença abismal, e é por isso mesmo que muitos mochileiros com os quais nos cruzámos em San José, capital da Costa Rica, acabavam por fazer o mesmo, cruzando a fronteira a norte ou a sul para um ou outro país da América Central.

Fiquei surpreendido por imensos viajantes se deslocarem a esta cidade, não só pelo turismo ou beleza que apresenta, mas também para aprenderem o espanhol. Alguns deles viviam durante um ou mais meses com famílias, para poderem praticar a língua. Algo que achei bastante interessante e que se deveria fazer mais facilmente em qualquer país.

531082_4024014554342_638213184_nAntigua é uma cidade colonial que foi fundada em 1543 e que faz parte do Património da Unesco. Uma das muitas características desta cidade são as suas casas coloridas. Nunca há uma casa ao lado da outra com a mesma cor.

As imensas carroças puxadas por cavalos, seja para os turistas ou simplesmente para os seus nativos, dão o seu ar de graça nas suas calçadas.

Sendo que Antigua se encontra numa zona de abalos sísmicos, algumas igrejas foram destruídas por terramotos e continuam em ruínas.

A praça central é um dos pontos mais movimentados da cidade.

Aqui podemos encontrar algumas lojas e barracas a venderem de tudo, desde comida, artesanato, instrumentos musicais ou simplesmente recordações.

A música é uma constante por toda a cidade.

Em cada esquina havia um grupo de músicos com as famosas flautas de pan a deliciarem os ouvintes com as suas melodias.

É muito comum ver algumas crianças a engraxar sapatos nas ruas, para poderem ganhar algum dinheiro.Em geral, a população deste país tem uma estatura bastante baixa. Na Guatemala, tal como no México, o povo é de origem maia e as pessoas são bastante pequenas.

Lembro-me perfeitamente da minha colega, que é relativamente baixa, tirar uma fotografia com alguns nativos e parecer uma gigante ao lado deles.

Outra característica bem visível destes autóctones é o rabo-de-cavalo que os homens usam.

Com orgulho no passado, os homens acabam por nunca cortar o cabelo, sendo que esta é uma das características dos povos de origens indígenas.

Esta tradição está espalhada um pouco por todo o mundo. Também os peruanos, equatorianos ou bolivianos de origem inca têm o mesmo costume, quando vêm de origens tribais.

A cidade de Antigua é um arco-íris em constante movimento, desde as suas casas, aos coloridíssimos autocarros ou à própria roupa que os nativos usam.

dsc00387Mas Antigua não se resume apenas a cores.

No seu horizonte erguem-se alguns mosteiros, conventos e catedrais que elevam a beleza e charme desta cidade colonial a um outro patamar.

Mas nada se compara quando temos este mesmo quadro diante do arco de Santa Catarina, com o vulcão Água ao fundo.

Uma cidade toda colorida, construída pelas mãos do homem em plena sintonia com um dos mais poderosos fenómenos da natureza, o seu vulcão.

Este vulcão, que se encontra inativo, vislumbra-se como um deus silencioso, que se eleva até aos céus.

Um retrato bucólico puramente encantador e admirável.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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