«Em 2017, Portugal exportou para França, em bens e serviços, mais de 11 mil milhões de euros», afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. Estas declarações foram feitas à margem do salão «Global Industrie», que decorreu no Parque de Exposições de Paris-Nord Villepinte, em França.

«A França é o segundo cliente de bens e o primeiro cliente de serviços» do País, acrescentou o ministro, sublinhando a importância crescente de Portugal para a França. Augusto Santos Silva disse ainda: «Queria chamar a atenção para um elemento que, às vezes, é pouco pontuado. Portugal também está no top 20 da França, quer do ponto de vista dos clientes, quer do ponto de vista dos fornecedores».

«Isto é, não é só a França que é importante para nós, nós também somos crescentemente importantes para França», referiu o Ministro, afirmando que esta é «a principal feira europeia no domínio da subcontratação industrial», com cerca de 80 empresas portuguesas participantes, o que faz de Portugal «o país mais representado, a seguir à própria França».

Augusto Santos Silva acrescentou: «Isto diz tudo da pujança deste setor e da importância da internacionalização para este setor», das máquinas e aparelhos, que «é o primeiro setor de exportação de bens para Portugal e, no conjunto das exportações, incluindo também os serviços, é logo o segundo a seguir ao turismo».

«O setor das máquinas e aparelhos tem subido muito na cadeia de valor internacional» porque «as empresas portuguesas cada vez fornecem mais componentes, partes, estruturas, com mais incorporação tecnológica e serviço acoplado», disse ainda o Ministro.

Augusto Santos Silva lembrou que «é preciso também ter em conta a importância que este setor tem para a indústria transformadora portuguesa. Um em cada quatro trabalhadores da indústria transformadora portuguesa trabalha na indústria metalomecânica e entre um quinto ou um quarto das empresas industriais portuguesas também estão neste setor».

«O emprego aumentou e, neste momento, há cerca de 170 mil pessoas empregadas no setor. Estou seguro que esta tendência se vai manter, senão reforçar», acrescentou o Ministro, referindo que, em 2017, as máquinas e aparelhos exportaram mais de 16 mil milhões de euros para praticamente todo o mundo».

E concluiu, realçando que «a França foi o primeiro mercado para o segmento específico da subcontratação industrial».