A Organização das Nações Unidas (ONU) recebeu esta semana a visita de um brasileiro de apenas oito anos, mas com grandes planos.

De fato e gravata, João Paulo Guerra Barrera, que tem dois livros publicados, dá palestras pelo Brasil fora e já ganhou um prémio da Nasa, entregou à secretária-geral da ONU para a Juventude uma carta pedindo a inclusão do português entre as línguas oficiais das Nações Unidas.

A proposta de João é que o português também entre nessa lista. Para isso, ele escreveu uma carta de próprio punho endereçada a António Guterres, o português secretário-geral da ONU.

“Falei sobre ciências, tecnologia, inovação, sobre proteger o planeta, reciclar as coisas e ensinar o que sabemos, ter respeito pelas pessoas e ser feliz”, explicou ele após a visita.

Atualmente, a ONU tem seis línguas oficiais: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo.

As cinco últimas são línguas oficiais desde a fundação da ONU, em 1946 – o árabe foi incluído em 1973. Todas elas também são “línguas de trabalho” da entidades e dos demais organismos ligados a ela. Isso quer dizer que todos os documentos da organização estão disponíveis nessas línguas.

Com 223 milhões de falantes em 15 países (como língua nativa, língua oficial ou língua estrangeira), segundo dados da publicação “Ethnologue: Languages of the World”, o português fica à frente do russo e do francês, com 154 milhões e 76,8 milhões de falantes, respetivamente.