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Banco de estação

Este horizonte por definir
paisagem fria e agreste
de um tempo ausente,
que não reconheço.
Num banco de estação
o vento não me esquece.
Como o meu passado.
Os meus labirintos são frios e brancos,
túneis de vento, já não memória.
Depois de meia hora
perdido pelas ruas do meu passado feliz
(por ser o presente obsoleto)
fugi-lhe, tentei inventar-me
noutro lado que não ali,
tentei escapar de mim hoje,
trinta minutos a tentar encontrar-me
a mim mesmo nestas ruas.
Não encontrei ninguém
não quis encontrar, nem quis ver.
Levantei os olhos perdido,
um horizonte indefinido.

JLC26021993

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