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Alunos portugueses pela primeira vez acima da média da OCDE

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O comissário europeu da Educação destacou esta terça-feira, em Bruxelas, o desempenho de Portugal nos testes PISA em ciências, leitura e matemática, apontando que se trata do único país da União Europeia que tem melhorado sempre desde 2000.

Numa conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral adjunto da OCDE, Douglas Frantz, na sede do executivo comunitário, para apresentar os dados de PISA, o comissário Tibor Navracsics comentou que “é útil olhar e aprender com os dois únicos países que foram capazes de reduzir as taxas de alunos com fraco aproveitamento em ciências, leitura e matemática: Suécia e Portugal”.

“De facto, Portugal é o único país da UE que tem melhorado de forma continuada o seu desempenho em PISA desde 2000”, sublinhou, acrescentando que esta é a primeira vez que o estudo compreende todos os 28 Estados-membros da União.

O comissário europeu acrescentou que, “ainda que muito diferentes, tanto Suécia como Portugal trabalharam muito para reformar os seus sistemas educativos ao longo dos últimos anos”, designadamente ao nível da formação de professores.

De acordo com os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico hoje divulgados, Portugal conseguiu pela primeira vez resultados “significativamente superiores” à média da OCDE nos testes PISA.

Em Portugal, a divulgação do PISA ficou a cargo do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), segundo o qual Portugal tem registado “uma tendência de melhoria significativa dos resultados nos três domínios analisados”, desde o primeiro ciclo do PISA, em 2000.

O PISA, na sigla em inglês, é um Programa Internacional de Avaliação de Alunos, em que Portugal participa desde 2000 e que se dirige aos alunos de 15 anos, entre o 7.º e o 12.º ano.

O principal domínio avaliado nesta edição foi a literacia científica e foi aquele em que Portugal mais se destacou, ao obter uma classificação de 501 pontos (459 pontos na edição do ano 2000, 468 em 2003 e 474 pontos em 2006).

“Entre os países da OCDE, Portugal tem melhorado mais de sete pontos a cada três anos, em média, e Israel, aumentou cinco pontos” em cada ciclo idêntico, escrevem os relatores internacionais.

Além dos 501 pontos em literacia científica, os alunos portugueses conseguiram atingir 498 pontos em literacia de leitura e ficaram-se pelos 492 pontos em literacia matemática.

Entre 2012 e 2015, as pontuações médias de Portugal no PISA “aumentaram 12, 10 e 5 pontos em ciências, leitura e matemática, respetivamente”, segundo a análise do IAVE.

Os resultados do PISA permitem avaliar o nível de preparação dos jovens para entrar na vida ativa ou prosseguir estudos superiores, à medida que estes se aproximam do fim da escolaridade obrigatória, refere o Ministério da Educação na nota de apresentação dos resultados de 2015.

Ao longo dos seis ciclos do PISA, a progressão média dos resultados nacionais foi de 2,8 pontos/ano em ciências, de 2,6 pontos/ano em matemática e de 1,8 pontos/ano em leitura, de acordo com o IAVE.

Este estudo envolveu 72 países e economias, 18.000 escolas, 95.000 professores e quase meio milhão de alunos, dos quais 7.325 em Portugal.

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