Os deputados alemães legalizaram por unanimidade a canábis para uso terapêutico para quem padece de “doenças graves” como cancro e na ausência de “terapia alternativa” eficaz.
Com a lei votada no Bundestag – a câmara baixa do Parlamento alemão – os médicos podem assim receitar canábis aos seus doentes com “patologias graves” – cancros, epilepsia, esclerose múltipla.
A partir de março, os doentes alemães poderão ir com a receita médica às farmácias pedir extrato de canábis ou a flor seca. Poderão também encomendar a um país estrangeiro derivados sintéticos da canábis, como dronabinol, presente em medicamento.
A Alemanha junta-se ao grupo dos países da UE que já legalizaram produtos à base de canábis: Áustria, Croácia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, Itália, Macedónia, Portugal, República Checa e Roménia.
Esquerda e direita alemãs uniram-se neste voto a favor pela “melhoria” dos cuidados paliativos, sublinhou o ministro da Saúde alemão, conservador da CDU, Hermann Gröhe.
A Lei não autoriza os pacientes a cultivar a sua própria canábis, sublinha o texto, que relembra que tal prática continua a ser contra a lei e a posse de canábis continua a ser ilegal – com pena de prisão até cinco anos. A posse de pequenas doses é no entanto tolerada.
Vai ser criada uma agência pública de canábis terapêutica que irá cultivar a planta. Até lá, a Alemanha vai importar do estrangeiro.