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Ai Abril, Abril…

De Abril 1 dizem que é o Dia das Mentiras

Mas haverá mentira maior do que o 25?

Pidescas perseguições?

Já as não há, dizem por aí

Será que não mesmo?

Somos verdadeiramente livres?

Podemo-nos expressar livremente?

E a pegada digital que deixamos?

Nos blogues, nos jornais, nas redes sociais?

Seguida por abutres sedentos por sangue!

Velhos do Restelo guardiães da moral bacoca

Roídos de inveja dos livres pensadores

Que ousam desafiar o ‘status quo’ vigente’!

Há 44 anos atrás vivíamos em ditadura

Hoje já não, dizem por aí!

Então experimentem exprimir abertamente o vosso pensamento

Sobre a política, a sociedade e a religião

E vejam o que vos acontece… 

Experimentem, pois, dizer honestamente

O que pensam sobre a organização onde trabalham, 

Sobre as vossas condições de trabalho, 

Sobre os vossos superiores hierárquicos

E vejam o que vos acontece… 

Experimentem exprimir livremente

O vosso pensamento crítico e divergente

Face ao sistema e ao “status quo”

Que vos domina de forma impiedosa

E vejam o que vos acontece… 
Sim… é esta a liberdade que temos

Passados 44 anos da chamada

“Revolução da Liberdade”…


O que, com sua arte e engenho

Ousa ir mais além, desafiar paradigmas

Romper fronteiras, convenções,

Arrisca-se a ir preso por delito de opinião?

Hoje já não, isso era antigamente na ditadura, dizem por aí!

Hoje, as formas de controlo ideológico

Assumem uma perversidade de tal ordem

Que são as próprias pessoas ingenuamente

A pôr-se a jeito quando, pensando que são livres,

Caem na armadilha de expressar o que pensam e sentem

Numa Era que tudo vigia até ao mais ínfimo pormenor

E onde o pensamento crítico e divergente

É cada vez mais um alvo a abater

Pois a sociedade em geral

E o Estado em particular 

Apenas quer cidadãos formatados com o pensamento único, 

Pois estes não colocam em causa o sistema viciado em que vivemos

E onde os privilegiados são sempre os mesmos,

O que se passa contigo, ó Abril valentão?

Será que precisas de óculos

Para enxergar e pôr fim a tamanhas injustiças mil? 

Ai Abril, Abril…

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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