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700 mil euros para estudar o turismo no Douro

O projeto Dourotur, promovido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), dispõe de 700 mil euros para fazer um diagnóstico ao turismo no Douro, desde os visitantes, à oferta e aos impactos sociais e económicos.

Este projeto de investigação Dourotur – turismo e inovação tecnológica do Douro – vai ser desenvolvido nos próximos três anos pelo Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento (CETRAD) e vai envolver cerca de 50 investigadores.

“Pretende estudar o turismo no Douro, a relação do turismo e desenvolvimento, a oferta, a hospitalidade, os efeitos do turismo na região, também a relação entre oferta e procura e entender qual é o uso das novas tecnologias por parte da oferta turística e dos turistas”, explicou o investigador da UTAD, Xerardo Pereiro.

O responsável explicou que o estudo vai ser feito por uma equipa multidisciplinar, que inclui 10 bolseiros, e que será feita “uma abordagem mista” pelas diferentes áreas da UTAD, desde as ciências sociais, à economia, antropologia, gestão, turismo.

O trabalho vai ser feito com recurso a entrevistas qualitativas, a grupos de debate, inquéritos por questionário e também análise documental. “Vamos falar muito com as pessoas, observar e trabalhar com mapas mentais”, explicou o investigador.

O responsável disse ainda que será selecionada uma amostra de visitantes, durante todo o ano, para estudar também a sazonalidade, um problema que afeta este território.

A investigação quer envolver os agentes da região, desde os operadores, as unidades de alojamento e restauração, as associações do setor, os postos de turismo espalhados pelo território e as autarquias, a quem o projeto foi oficialmente apresentado hoje, numa sessão que decorreu no campus da universidade, em Vila Real.

A área de estudo corresponde aos municípios da NUT III Douro.

O projeto assenta em quatro linhas de investigação: a oferta e a hospitalidade turística do Douro, ainda a imagem, a comunicação e os relatos turísticos do Douro e a procura turística, os efeitos do turismo e, por fim, o marketing digital turístico e as novas tecnologias.

E é, na opinião de Xerardo Pereiro, esta abordagem multidisciplinar que diferencia e é inovadora neste projeto.

“O objetivo é conhecer, de uma forma mais aprofundada, o turismo na região e também propor estratégias, táticas e novos rumos para o setor no Douro”, frisou Xerardo Pereiro.

O Dourotur dispõe de 700 mil euros, comparticipados no âmbito do Portugal 2020.

O número de visitantes que chegam ao Douro, classificado como Património Mundial da Unesco em 2001, tem aumentado significativamente nos últimos anos.

Só no turismo fluvial e segundo dados da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), até ao dia 31 de outubro de 2016, viajaram pelo rio em programas de uma hora a uma semana 863.043 passageiros em 85 embarcações de 47 operadores.

Em 2014, a região duriense contabilizava 3.547 camas, que incluem as unidades de turismo no espaço rural e turismo de habitação. A estada média é de 1,6 noites.

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